segunda-feira, 21 de junho de 2010




Para (fazer) pensar, aqui ficam algumas palavras de Vinicius de Moraes:



A maior solidão é a do ser que não ama.


A maior solidão é a dor do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana.


A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo,


o que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro.


O maior solitário é o que tem medo de amar, o que tem medo de ferir e ferir-se,


o ser casto da mulher, do amigo, do povo, do mundo. Esse queima como uma lâmpada triste, cujo reflexo entristece também tudo em torno. Ele é a angústia do mundo que o reflete. Ele é o que se recusa às verdadeiras fontes de emoção, as que são o patrimônio de todos, e, encerrado em seu duro privilégio, semeia pedras do alto de sua fria e desolada torre.


Eu sei e você sabe


Já que a vida quis assim


Que nada nesse mundo levará você de mim


Eu sei e você sabe


Que a distância não existe


Que todo grande amor


Só é bem grande se for triste


Por isso meu amor


Não tenha medo de sofrer


Que todos os caminhos


Me encaminham a você.






Assim como o Oceano, só é belo com o luar


Assim como a Canção, só tem razão se se cantar


Assim como uma nuvem, só acontece se chover


Assim como o poeta, só é bem grande se sofrer


Assim como viver sem ter amor, não é viver


Não há você sem mim


E eu não existo sem você!




Vinicius de Moraes







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