sábado, 10 de abril de 2010


Mais um dia como tantos outros, monótono, e em que nada de especial acontece, dei por mim a passear pela rua sozinha, observando os imensos casais apaixonados que por mim passam. Acabo por me sentar num banco de jardim, e como sempre ponho os pés em cima do banco e aconchego as pernas a mim, deito a cabeça sobre os joelhos e fico ali, naquela posição imenso tempo, lembrando-me de ti, porque em tempos, nós fomos um dos imensos casais apaixonados que se passeiam pela rua. E assim fico, acabam por cair lágrimas de saudade, não nego.



Opto por limpar a cara e tentar seguir em frente, levanto-me, ajeito a camisola, e estou pronta a seguir o meu caminho de volta a casa.


Olho em frente, e para meu enorme espanto, tu estavas ali a vir na minha direcção, seria um sonho? uma miragem? ou realidade? Fiquei imóvel, acho que nem os meus olhos pestanejaram, o meu coração, batia com tanta força que parecia empurrar-me para ti!


Era pura realidade, estavas ali, decidis-te falar comigo, não sabia se havia de te dizer «Olá, meu amor, tive tantas saudades tuas, não imaginas como desejei voltar a ver-te! », ou se deveria dar uma de forte, do género, «comigo está tudo bem», mas não tive como esconder, a primeira coisa que me perguntás-te foi: «estávas a chorar?», como tu me conheces tão bem, perante uma pergunta destas, não tive como negar, podia até dizer-te que foi algo que me entrou para o olho, mas tu saberias que estava a mentir.


Disse-te a verdade! Beijaste-me e nós amamo-nos como se nunca nos tivessemos separado, revivemos o nosso amor e enchemos a nossa alma que estava vazia e perdida no meio da solidão.


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